Helmet – Betty

Depois do sucesso enorme que os nova iorquinos do Helmet tiveram com seu segundo álbum, Meantime, graças, principalmente, ao sucesso estrondoso de Unsung, que se tornou um dos clássicos do rock alternativo do começo da década de 90, o grupo se foca agora no seu próximo lançamento, Betty, que foi esperado com grande expectativa por fãs e críticos.

O grupo era formado pelo guitarrista e vocalista Page Hamilton, pelo baterista John Stanier, pelo baixista Henry Bogdan e pelo guitarrista Rob Echeverria, o último sendo novo no grupo e também sendo a primeira de várias mudanças na formação que o Helmet ainda viria a enfrentar ao longo dos anos.

Assim que saiu, o álbum não foi dos mais aceitos, tanto a crítica quanto os fãs caíram em cima, apesar destes terem mudado drasticamente sua posição com o passar do tempo, hoje considerando-o um álbum tão espetacular quanto Meantime.

Helmet sempre teve algo que mais chamou atenção em seu som, os riffs de Page Hamilton, e Betty seria possivelmente o melhor lugar para demonstrar isso, “Wilma’s Rainbow“, “Milquetoast” e “Rollo” servem de bons exemplos. Mas esses riffs não seriam nada sem o groove que todos os outros instrumentos trabalham para estabelecer, fazendo com que em certos momentos os riffs te empurrem no chão e começem a deslizar sua cara sobre ele.

Aqui compensa destacar também a falta de crédito que os outros instrumentistas do grupo sempre ganharam, apesar de notável talento. O baixo de Henry Bogdan além de ser um grande contribuinte do peso da maioria das faixas, também guia completamente faixas como “Biscuits For Smut“, usando slide no baixo e sobrepondo todos os demais instrumentos em um som alto e impactante, “Milquetoast“, sendo o instrumento de destaque nos trechos lentos e destruindo nos riffs esmagadores da faixa, e também guiando o groove puríssimo da experimental “Silver Hawaiian“. Já John Stanier poderia ser premiado com o título de baterista mais injustiçado dos anos 90, sua habilidade é mais do que evidente por faixas do álbum inteiro, “Street Crab“, “Wilma’s Rainbow“, “Vaccination, “I Know“e “Speechless” já podem te dar uma boa noção do que estou falando.

Betty é o primeiro álbum aonde o Helmet decidiu sair um pouco do convencional e ingressar em aventuras experimentais, as vezes usando um pouco de elementos de jazz e blues. Isso fica extremamente evidente em “Beautiful Love“, que começa bem lenta e relaxante até o baixo e seguidamente todos os intrumentos decidirem destruir o que chegar por perto, em “The Silver Hawaiian“, uma faixa estranhíssima aonde um vocal grave e debochado é guiado por puro funk e groove do baixo de Bogdan, e também na caipira “Sam Hell“.

Claro que não podemos esquecer de mencionar os vocais de Page, que, sinceramente, sempre passou muito longe de ser um vocalista de peso, e vale mencionar que ele deu uma acalmada considerável em relação ao Meantime, agora é acompanhado de um vocal mais agressivo apenas nas faixas “I Know” e “Tic“.

Betty pode até ser cansativo na primeira ouvida, muitos vão sentir que ouve uma decaída da primeira pra segunda metade do álbum (o que eu até concordo em certa parte), mas com o tempo ele vai acabar te conquistado. É como a mulher da capa, a princípio tem algumas qualidades expostas, mas só depois de uma relação mais íntima que você vai entender direito tudo que ela tem a oferecer….(Acho que eles jamais teriam pensado numa interpretação tão tosca e absurda)

Helmet – Betty (1994)
Gênero: Groove Metal/ Alternative Metal/ Post-Hardcore

01 – Wilma’s Rainbow – 3:54
02 – I Know – 3:41
03 – Biscuits For Smut – 2:53
04 – Milquetoast – 3:54
05 – Tic – 3:40
06 – Rollo – 2:38
07 – Street Crab – 3:32
08 – Clean – 2:26
09 – Vaccination – 3:04
10 – Beautiful Love – 2:03
11 – Speechless – 2:59
12 – The Silver Hawaiian – 2:08
13 – Overrated – 2:40
14 – Sam Hell – 2:09

Destaques:
Wilma’s Rainbow, I Know, Biscuits For Smut, Milquetoast

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Fugazi – Repeater + 3 Songs

Não demorou um semestre sequer desde o lançamento da coletânea 13 Songs para que o Fugazi lançasse o EP 3 Songs, pouco depois o aclamadíssimo Repeater e acabasse juntando ambos em Repeater + 3 Songs.

O grupo fez muito bem em não juntar ambos chamando-os apenas de “Repeater”. Os dois são de fato lançamentos bem diferentes entre si, 3 Songs tem um som que mais rebusca os dois primeiros EPs da banda, ainda com Picciotto sem uma guitarra em mãos (Ok, ele até faz uma coisa ou outra no EP Margin Walker, mas é algo extremamente tímido).

3 Songs é constituído pela enérgica Song #1, que é uma grande pedida dos shows ao vivo do grupo, aonde Guy aproveita-se da pequena participação na música (apenas vocais secundários) para dançar loucamente pelo palco (Olha só), pela primeira faixa instrumental do grupo, Joe #1, marcada principalmente por um baixo presente e um ritmo repetitivo e pela curtíssima Break-In, com total destaque para os vocais de Picciotto que canta loucamente e rapidamente pela faixa mais punk do álbum.

Agora, a atração principal, Repeater. É aqui que o Fugazi cria vários dos fatores dos quais a banda vai ficar conhecida pelo resto da carreira. Guy Picciotto começou a tocar guitarra ao lado de Ian MacKaye, mas não no estilo tradicional no qual um é guitarra base e o outro é guitarra solo, no Fugazi esse conceito é totalmente abatido. O trabalho das duas guitarras distorcidas é incrível, não é preciso nem rpestar atenção no álbum para perceber as guitarras barulhentas e problemáticas que circulam faixas como Repeater, Sieve-Fisted Find, Styrofoam, Shut The Door

Claro que nada disso seria possível se Brendan Canty e Joe Lally não fizessem um trabalho incrível no fundo para deixar que as guitarras circulem à vontade. A habilidade de ambos fica extremamente evidente na faixa instrumental Brendan #1, ente os grandes momentos de Joe Lally ainda podemos citar Turnover, Merchandise, Sieve-Fisted Find, Repeater, que apesar de serem geralmente simples, marcam uma presença essencial e evidente em todas as faixas. Canty prova ser um puta de um baterista, pois além de segurar, sempre consegue apresentar destaque, Merchandise, Turnover, Styrofoam falam por si só.

A alternância de vocalistas novamente faz um papel importante, os vocais altos e enfáticos de Ian MacKaye, faz com que trechos como “We owe you nothing, You have no control” (Merchandise), “We are all bigots so full of hatred, We release our poisons” (Styrofoam) soem como verdadeiros mantras, e ainda que o refrão de Shut The Door soe absurdamente intenso.

Picciotto por outro lado deixa faixas como Turnover, Blueprint, Reprovisional (Nova versão de Provisional de 13 Songs) e Two Beats Off ao mesmo tempo relaxantes e intensas. E seu vocal com grande enfoque emocional e rasgante marca bem “That’s the price to pay for hoping every slip, not a slide” (Reprovisional), “please let me get my hands on it” (Sieve-Fisted Find), “Maybe together we can wipe that smile off your face” (Blueprint).

O álbum vendeu mais de 200.000 cópias, um número impressionante para uma banda que é contra o marketing, e acredita apenas no merchandising de boca, nada de videoclipes, camisetas, propagandas, entrevistas para grandes revistas, nem nada. O grupo chamou a atenção de diversas grandes gravadoras da época, todas recusadas, se tem algo que a banda defende é a sua integridade, recusou com o argumento de que a Dischord Records (Gravadora na qual ian MacKaye é um dos donos) já estava distribuindo os seus LPs bem o bastante. Toda essa filosofia de vida, ao lado dos shows e álbuns por preços absurdamente baixos de modo que qualquer fã do grupo, não importa a classe social, poderia comprar (álbuns: 10$, shows: 5$, com pequenas alterações), acabou se tornando a grande marca do Fugazi, até mais do que a própria música.

Repeater acabou provando ser um dos melhores álbuns da história da música, fazendo parte de inúmeras listas, e influenciando inúmeras bandas de rock alternativo. Um álbum tão bem acabado, com grandes momentos do começo ao fim, em que cada faixa parece um verdadeiro clássico conseguiu atingir um extenso público apesar de não ter sido auxiliado por nenhum grande fator de marketing, mostrando que a boa música pode sim atingir o ouvido da humanidade sem a ajuda da imprensa para isso.

Fugazi – Repeater + 3 Songs (1990)
Gênero: Post-Hardcore

01 – Turnover – 4:15
02 – Repeater – 3:01
03 – Brendan #1 – 2:32
04 – Merchandise – 2:59
05 – Blueprint – 3:53
06 – Sieve-Fisted Find – 3:24
07 – Greed – 1:47
08 – Two Beats Off – 3:28
09 – Styrofoam – 2:35
10 – Reprovisional – 2:17
11 – Shut The Door – 4:59
12 – Song #1 – 2:54
13 – Joe #1 – 3:02
14 – Break-In – 1:32

Destaques:

Turnover, Repeater, Merchandise, Blueprint, Sieve-Fisted Find, Styrofoam, Shut The Door

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Fugazi – 13 Songs

Apesar de ser uma junção dos dois primeiros EPs, 13 Songs é constantemente e erroneamente considerado o primeiro álbum do Fugazi. Mas dá pra entender, afinal, não foram os dois EPs (Fugazi de 1988 e Margin Walker de 1989) que se tornaram um dos maiores clássicos do rock underground, foi 13 Songs.

Após pequenas mudanças a banda se consolidou com Ian MacKaye (vocal/guitarra), já conhecido por ter feito parte de várias bandas de hardcore do começo dos anos 80, dentre elas a importantíssima Minor Threat que, sem querer, foi o berço do movimento ‘straight edge’, Joe Lally (baixo) e Brendan Canty (bateria), já conhecido por ter feito parte do Rites Of Spring que é constantemente considerado o pai do emo. Após alguns shows, Guy Picciotto, companheiro de banda de Brendan Canty no Rites Of Spring, também entrou para o grupo, inicialmente apenas como backing vocal, acabou se tornando vocalista de boa parte das músicas, e no EP Margin Walker, ainda que timidamente, chegaria a tocar guitarra.

A banda é marcada por várias questões éticas e ideológicas que deixarei para reviews posteriores. No momento basta saber que Ian MacKaye é um dos fundadores da Dischord Records, que é a gravadora do grupo.

Em 13 Songs já dá pra ter uma boa ideia do que a banda é, muito mais do que uma simples banda de hardcore, é evidente uma tendência do grupo de se distanciar do usual. Não é comum no hardcore que o baixo, mesmo que simples e repetitivo, possua tanto destaque nas músicas, como ocorre em Waiting Room, Suggestion e And The Same.

E diferente do que ocorre em várias bandas de hardcore e punk, as músicas não soam iguais, de fato soam da mesma banda, mas as faixas se diferenciam evidentemente uma das outras, a simples troca de vocalistas já faz isso muito bem, o vocal grave e berrado de Ian MacKaye, perfeito para a plateia gritar em conjunto, se contrapõe ao vocal as vezes mais calmo, as vezes soando como se estivesse queimando até a morte, de Guy Picciotto. Não é difícil distinguir os dois. A diferença dos vocais fica muito clara em músicas em que ambos cantam, com um deles fazendo um papel mais secundário, como ocorre por toda Waiting Room, nos “It Spreads” de MacKaye em Give Me The Cure e nos raros momentos que Picciotto dá as caras em Suggestion, em especial quando ambos repetem “What It Is?”.

MacKaye mostra-se no álbum um excelente letrista, criando letras com trechos impactantes e abordando temas bem diferentes, estupro em Suggestion, suicídio em Margin Walker, estar preso em Waiting Room, AIDS em Give Me The Cure, vício em drogas em Glue Man….

Passando pela hardcore Margin Walker, pela extremamente intensa Glue Man, pelas crescentes Give Me The Cure e Promises e por refrões que você já imagina a público cantando junto do vocalista nos shows ao vivo como And The Same e Bad Mouth, 13 Songs acaba se consolidando com uma quantidade absurda de grandes momentos. Não é de se admirar que o álbum marcou bastante a cena underground e a banda passou a servir de influência para dezenas, centenas, milhares para outras.

Waiting Room acabou se tornando o maior clássico da banda, e um dos maiores clássicos do hardcore, underground, rock alternativo; a música já ganhou covers de Rancid, Red Hot Chili Peppers, The Wildhearts, Billy Talent e tudo quanto é banda punk/alternativa, mas nenhum jamais chega sequer à sombra da original.

E pensar que a banda nem havia mostrado ainda tudo do que era capaz…

Fugazi – 13 Songs (1989)
Gênero: Post-Hardcore

01 – Waiting Room – 2:54
02 – Bulldog Front – 2:53
03 – Bad Mouth – 2:36
04 – Burning – 2:39
05 – Give Me The Cure – 2:59
06 – Suggestion – 4:44
07 – Glue Man – 4:21
08 – Margin Walker – 2:30
09 – And The Same – 3:27
10 – Burning Too – 2:41
11 – Provisional – 2:17
12 – Lockdown – 2:10
13 – Promises – 4:01

Destaques:
Waiting Room, Give Me The Cure, Suggestion, Margin Walker, Promises

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The Hellacopters – By The Grace Of God

Poucas bandas dos últimos anos conseguem ter uma sonoridade retrô sem soar como cópia de alguma banda que já deixou sua marca pelo mundo. E uma dessas sem dúvidas é o Hellacopters.

Depois de chamar a atenção da suécia-europa-mundo gradativamente nos seus últimos álbuns, o grupo formado por Nicke Andersson (guitarra, vocais), Robert Dahlqvist (guitarra), Kenny Håkansson (baixo), Robert Eriksson (bateria) e Anders Lindström (piano, órgão) foram ao estúdio para gravar o seu álbum mais conhecido e elogiado, By The Grace Of God.

A banda tem a sonoridade de uma banda de hard rock clássica, com riffs ora simples, ora um pouco mais trabalhados, mas sempre marcantes, é impossível fazer uma lista séria dos melhores riffs da década passada sem citar a música que dá título ao álbum.

Entre outros aspectos evidentes de ”By The Grace Of God”, podemos destacar os solos de guitarra por todas as faixas (que fica até chato de citar, já que citar o álbum todo é besteira), a bateria totalmente inquieta e os refrões extremamente marcantes (Destaque para “Carry Me Home“, “All New Low“, “All I’ve Got“, “On Time” e “Go Easy Now“).

E engana-se quem acha que o álbum é só um monte de músicas agitadas e iguais. Várias faixas possuem um vocal bem melódico. O teclado de Lindström ajuda intensamente na atmosfera das músicas, tanto na animadíssima “Better Than You“, como na bela “Rainy Days Revisited“, e em vários refrões como os de “All New Low“, “U.Y.F.S.“, “All I’ve Got” e “Go Easy Now“.

Com esse álbum o grupo se consolidou como um fenômeno na Suécia e é considerado uma das bandas mais importantes que já nasceu naquela terra. O Hellacopters conseguiu ser influente não apenas lá, como no mundo inteiro. Vários fãs de rock clássico adotaram o grupo como uma grande influência.

Poucos álbuns da última década soam tanto como um clássico como By The Grace Of God, fazendo desse um álbum indispensável para calar a boca de qualquer viado que diz que o rock morreu nos anos 90.

The Hellacopters – By The Grace Of God (2002)
Gênero: Hard Rock/Garage Rock

01 – By The Grace Of God – 3:16
02 – All New Low – 3:28
03 – Down On The Freestreet – 2:42
04 – Better Than You – 2:45
05 – Carry Me Home – 3:44
06 – Rainy Days Revisited – 3:42
07 – It’s Good But It Just Ain’t Right – 2:56
08 – U.Y.F.S. – 3:59
09 – On Time – 3:11
10 – All I’ve Got – 2:45
11 – Go Easy Now – 2:55
12 – The Exorcist – 2:40
13 – Pride – 3:31
14 – Red Light – 2:40 [Bonus Track]

Destaques:
By The Grace Of God, All New Low, Better Than You, Carry Me Home, All I’ve Got, Go Easy Now

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Queens of the Stone Age – Songs for the Deaf (2002)

Queens of the Stone Age é uma banda estadounidense de stoner rock, abusam de riffs marcantes e bastante substâncias ilícitas em suas composições.

É o terceiro albúm da banda, e um dos seus mais famosos trabalhos, com canções que se tornaram clássicos do década de 00, tais como “No one Knows” e “Go with the Flow”, ambas com uma levada pesada e riffs viciantes.

A banda é composta por Josh Homme, Nick Olivieri, Mark Lanegan e a grande participação do Dave Grohl (se você não conhece é porque você não vive ou tem mau gosto musical), cuja a mesma ajudou a banda a ganhar uma grande fama, pois a maioria dos fãs de Nirvana começaram a também gostar de QOTSA.

(eu sei que a review ficou uma grande merda, porém, foi com amor)

Queens of the Stone Age – Songs for the Deaf (2002)

  1. You Think I Ain’t Worth A Dollar, But I Feel Like A Millionaire
  2. No One Knows
  3. First It Giveth
  4. A Song For The Dead
  5. The Sky Is Fallin’
  6. Six Shooter
  7. Hangin’ Tree
  8. Go With the Flow
  9. Gonna Leave You
  10. Do It Again
  11. God Is In The Radio
  12. Another Love Song
  13. A Song For The Deaf
  14. Mosquito Song
  15. Everybody’s Gonna Be Happy

Destaques
No One Knows; I Gonna Leave You; Do it Again, Go With the Flow

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All by Rick

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Les Claypool And The Holy Mackerel – Highball With The Devil

Postado originalmente na 4lmusic em 12/04/2009.

Les Claypool and The Holy Mackerel é o segundo projeto paralelo da carreira de Claypool, sendo lançado em 1996. Este trabalho sucede os feitos do baixista fora do Primus, após lançar “Riddles are Abound Tonight” com o Sausage, conseguindo se superar bastante em “Highball With The Devil“.

Nesse projeto o baixista do Primus além de tocar contra-baixo e cantar, também produz o álbum, além de suas já típicas ilustrações de álbuns bem divertidas.

O “The Holy Mackerel” banda que sustenta Claypool nesse álbum é: Adam Gates (Vocais), Jay Lane (Bateria), Joe Gore (Guitarra), e Henry Rollins (“Narrador”).

Assim como é de costume em toda a discografia do Primus, no Les Claypool and The Holy Mackerel, o baixo e a bateria possuem muito mais importância nas músicas do que as Guitarra e Vocais, quebrando as tendências comuns, indo contra o habitual do rock.

O CD contém também com a participação dos músicos:
* Charlie Hunter (Guitarra na música “Me And Chuck”)
* Mark “Mirv” Haggard (Guitarra nas músicas “El Sobrante Fortnight” e “Hendershot”)

The Awakening“, cover da banda funk/soul The Reddings se destaca dentre as demais faixas do álbum pela sua incrível e variada linha de baixo cheias de slaps, detentora de diversos solos virtuosos com muito groove, já existente na versão original da música, logo, não havendo muito da mão do criativo Claypool, méritos ao bom baixista Dexter Redding.

Les Claypool And The Holy Mackerel – Highball With The Devil (1996)
Gênero: Experimental/ Avant-Garde/ Rock Alternativo/ Funk Metal

01 – Running the Gauntlet – 1:36
02 – Holy Mackerel – 3:52
03 – Highball with the Devil – 3:59
04 – Hendershot – 2:26
05 – Calling Kyle – 3:53
06 – Rancor – 1:21
07 – Cohibas Esplenditos – 3:12
08 – Delicate Tendrils – 4:59
09 – The Awakening – 3:34
10 – Precipitation – 3:56
11 – George E. Porge – 2:31
12 – El Sobrante Fortnight – 3:38
13 – Granny’s Little Yard Gnome – 3:01
14 – Me and Chuck – 2:59
15 – Carolina Rig – 3:00

Destaques
Holy Mackerel, Hendershot, The Awakening, El Sobrante Fortnight, Me And Chuck

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Post e Review por MA
Upload por LA

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Green Day – 1,039/Smoothed Out Slappy Hours

Formado em 1987, o Green Day constituído pelos amigos de infância Billie Joe Armstrong (vocais, guitarra) e Mike Dirnt (baixo, vocais de apoio) e também o então baterista Al Sobrante, lançou alguns EPs e um curto LP antes de junta-los em uma coletânea, muitas vezes erroneamente creditada como o primeiro álbum de inéditas da banda, 1,039/Smoothed Out Slappy Hours.

Fazem parte da coletânea o LP “39/Smooth” (Faixas 1-10) e os EPs “Slappy” (Faixas 11-14) e “1,000 Hours” (Faixas 15-18) e ainda a faixa “I Want To Be Alone” que fora incluída em uma coletânea de várias bandas locais.

Quem diria que apenas 3 anos antes de estourarem no mundo como uma das bandas mais populares da década o Green Day ainda estaria sobre a pequena gravadora Lookout Records, tocando apenas nas redondezas e lançando um álbum sem quase nenhuma repercussão.

1,039/Smoothed Slappy Hours mostra um Green Day mais imaturo e mais punk. O álbum é marcado em sua grande maioria por faixas agitadas, com apenas “Rest“, “Disappearing Boy” e “Knowledge“, cover da banda Operation Ivy, marcando um ritmo mais lento.

Se tem uma coisa que esse álbum faz muito bem é assustar pessoas desavisadas que estão acostumadas com o novo Green Day. Não que o disco seja pesado, violento…. não, não, o álbum possui uma atmosfera meio punk bobo, leve. Mas a produção de baixa qualidade e os riffs pesados como “Only Of You“, “409 In Your Coffeemaker”  e “At The Library” ou os rápidos como “Road To Acceptance” e “1,000 Hours” e até mesmo o marcante com uma pegada Iron Maiden (sim), “I Want To Be Alone” só não impressionam mais os fãs ou os odiadores da época nova da banda do que os solos de guitarra, simples, mas muito bem trabalhados, várias vezes a marcarem de uma forma sensacional faixas como “Only Of You“, “The Judge’s Daughter“, “Knowledge“, “Why Do You Want Him?“, “Dry Ice“, dentre outras…

Mas claro, ainda é Green Day, o que pode ser notado pelo simples mas sensacional baixo de Mike Dirnt em faixas como “16“, “Road To Acceptance” e “I Want To Be Alone” e pela habilidade do Green Day de fazer refrões memoráveis e melódicos como “Don’t Leave Me“, “I Was There“, “Going To Pasalacqua“, “1,000 Hours“, “Dry Ice“, “The One I Want” e “I Want To Be Alone“.

Mas o maior destaque do álbum sem dúvida é a capacidade dele de ser uma espécie de trilha sonora para a adolescência, por mais simples e imaturas que as letras possam ser, isso acaba trazendo muito mais um fator positivo do que negativo, já que você consegue ver que são letras sinceras, de alguém que acabou de passar por esses fatos. Isso acaba fazendo com que vários ouvintes se identifiquem com várias das letras como as citadas abaixo:

Don’t have the courage to come up to you
My chance is looking a bit grey
” (At the Library)
.
Looking back upon my life; And the places that I’ve been
Pictures, faces, girls I’ve loved; I try to remember when
” (I Was There)
.
I see her and she’s with him; I turn and then I’m gone” (Disappearing Boy)
.
Picture sounds; Of moving insects so surreal
Lay around; Looks like I found something new”
(Green Day)
.
I wish my youth would forever last
Why are these times so unfair?
” (16)
.
I always waste my time just wondering; What the next man thinks of me
I’ll never do exactly what I want; and I’ll sculpt my life for your acceptance

(Road To Acceptance)
.
The gleam in your eyes; It troubles my brain
Will I see it again?
” (Rest)
.
I’m having troubles with control; And it’s all because of you
Today I kept on falling down; I thought it was the street
So I look down at my shoes; They were on the wrong feet
” (The Judge’s Daughter)
.
I’m understanding now that; We are only friends
To this day I’m asking why I still think about you
” (Paper Lanterns)
.
Passionate love to be all night long
We’ll never break, as one too strong
” (1,000 Hours)
.
I’ll send a letter to that girl; Asking her to be my own
But my pen is writing wrong; So I’ll say it in a song
” (Dry Ice)
.
I know that we’re worlds apart; But I just don’t seem to care
These feelings in my heart; Only with you I want to share
” (Only Of You)
.
Please don’t think I’m crazy; I don’t want you to understand
My mind is growing hazy; To hell with your helping hand
Why don’t you just leave me alone; This conflict is my own
” (I Want To Be Alone)

Acho que deu pra ter uma boa noção? O álbum fala desde assuntos como viver para ser aceito na sociedade em “Road To Acceptance“, o ódio pelo padrasto que deixou a mãe em “Why Do You Want Him?“, a sensação de usar drogas em “Green Day“, a necessidade de privacidade e de fazer as coisas por si mesmo em “I Want To Be Alone” e acima de tudo, amor correspondido e muitas vezes não, sendo representado em quase todas as faixas do álbum, afinal o que mais poderia ser o tema principal de um disco que serve para retratar a adolescência da melhor maneira possível?

Green Day – 1,039/Smoothed Out Slappy Hours
Gênero: Punk rock

01 – At The Library – 2:26
02 – Don’t Leave Me – 2:39
03 – I Was There – 3:36
04 – Disappearing Boy – 2:51
05 – Green Day – 3:28
06 – Going To Pasalacqua – 3:30
07 – 16 – 3:24
08 – Road To Acceptance – 3:35
09 – Rest – 3:05
10 – The Judge’s Daughter – 2:32
11 – Paper Lanterns – 2:25
12 – Why Do You Want Him? – 2:32
13 – 409 In Your Coffeemaker – 2:54
14 – Knowledge – 2:20
15 – 1,000 Hours – 2:26
16 – Dry Ice – 3:44
17 – Only Of You – 2:45
18 – The One I Want – 3:01
19 – I Want To Be Alone – 3:09

Destaques:
Don’t Leave Me, I Was There, Going To Pasalacqua, Road To Acceptance, The Judge’s Daughter, 1,000 Hours, Only Of You, I Want To Be Alone
(Difícil pracarai ter chegado nessas 8, a lista original tinha 13)

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The Hives – Tarred and Feathered

Após o fraco The Black And White Album, de 2007, a banda sueca do The Hives lança Tarred And Feathered, um EP contendo três bons e variados covers, deixando a esperança de um álbum de inéditas superior e com uma pegada mais rock n’ roll do que seu antecessor.

Dando início com “Civilization’s Dying“, cover dos punks-hardcores do Zero Boys, música ágil, de refrões marcantes e letras politizadas e jovens, declarando forte influência daquela maré hardcore criada por bandas como Dead Kennedys e Bad Brains.

Esfriando o clima com “Early Morning Wake Up Call“, música da dupla australiana oitentista do Flash And The Pan, faixa que segue um rumo completamente diferente da sua antecessora, grupo que, apesar pertencer a mesma decada dos punks do Zero Boys, seguem uma sonoridade voltada para o new wave, utilizando, na versão original de vários recursos para abordar um lado mais eletrônico, nada que chegasse a ser muito exagerado como o Sigue Sigue Sputnik e companhia.

Diferenciando do comum, como se pode notar, o The Hives optou por fazer covers de artistas desconhecidos, iniciativa bacana, além de ter rendido três ótimas músicas, este EP é fonte para divulgação, bandas perdidas no quase anonimato, e com “Tarred And Feathered” podem ser espalhados para grande parte da enorme legião de fãs dos escandinavos do The Hives.

E toda essa onda “underground” criada pelo Zero Boys e o Flash And The Pan, são intensificados pela faixa de encerramento, cover de “Nasty Secretary“, faixa dos punks norte-americanos do Joy Ryder & Avis Davis, rápida e simples, mas vibrante, como era de praxe na cena punk do final dos anos 70’s.

Comum em todas as faixas de Tarred And Feathered, é o fato do The Hives sempre conseguir implantar sua própria identidade nas músicas, traço representado pelos inconfundíveis vocais de Howlin’ Pelle Amlqvist, logo, a banda realiza o trabalho de impor uma sonoridade própria, mesmo não havendo uma grande preocupação em alterar algumas essências.

The Hives – Tarred And Feathered (2010)
Gênero: Garage Rock/ Punk Rock/ Indie Rock

01 – Civilization’s Dying – 2:01
02 – Early Morning Wake Up Call – 4:03
03 – Nasty Secretary – 2:04

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Pink Floyd – Meddle

Postado originalmente na music4l em 10/09/2009.

Após a saída/expulsão de Syd Barrett (vocalista, guitarrista e letrista) da banda por causa de seu abuso de drogas após ele ter gravado apenas um disco (Piper at Gates of Dawn – 1966) e a entrada de David Gilmour para substituí-lo, o Pink Floyd vagueou por alguns anos sem saber exatamente o que tocar, lançando álbuns experimentais e sem estilo definido. Muito embora Roger Waters (baixista) tivesse assumido os vocais (embora muitas vezes cedendo seu espaço para David Gilmour e Rick Wright), a banda ainda não possuía um líder. E nesse contexto surgiram o álbum Saucerful of Secrets (1968), a trilha sonora More (1969), o experimental meio ao vivo Ummagumma (1969) (muito embora muitos fãs acreditam que a parte ao vivo do álbum fora gravada em estúdio e as palmas e os gritos tenham sido adicionados para fingir que o disco era realmente ao vivo) e o progressivo Atom Heart Mother (1970). Ainda meio sem saber o que fazer, a banda lança o disco Meddle, em 1971, considerado um divisor de águas na história da banda e o primeiro álbum com o estilo que caracterizaria o som da banda durante a década de 70.

Comecemos pela capa: uma capa, no mínimo, estranha. Para alguns, feia. Para outros, simplesmente esquisita. O que poucos percebem ao vê-la pela primeira vez é que, na verdade, a capa não é uma pintura abstrata, e na verdade uma orelha em baixo d’água, fotografada por Bob Dowling.

O disco em si começa por uma ventania, que precede One of These Days, faixa que abre o álbum. Tendo quase 6 minutos de duração, One of These Days é uma faixa instrumental (exceto por uma única frase) criada a partir de um riff de baixo sob vários efeitos de delay e distorção. A música tem um ritmo bem definido que chega ao clímax quando ouve-se a voz distorcida do baterista Nick Mason dizer “One of these days I’m gonna cut you into little pieces” [Um dia desses eu te picarei em pedacinhos] e em seguida a música explode com um duelo de solos de David Gilmour consigo mesmo. A música era originalmente destinada ao DJ Sir Jimmy Young, do qual a banda não gostava. Versões anteriores da música continham samples do programa dele na rádio da BBC.

Assim que acaba, One of These Days é sucedida pela semi-acústica A Pillow Of Winds. Com letras que falam de amor escritas por Waters e instrumental depressivo, calmo e levemente sombrio feito por Gilmour, a música é a mais lenta do disco e fala sobre amor. Com vocais de Gilmour, a música difere bastante da sonoridade mais agitada da primeira metade do álbum (na época de seu lançamento, Lado A do disco). Com mais de 5 minutos, a música acaba em fade out num solo de slide de Gilmour.

Com uma atmosfera feliz e alegre, Fearless sucede A Pillow of Winds com a bela voz de Gilmour e o instrumental semi-acústico gravado pela banda. Curiosamente, o violão foi gravado por Roger Waters. As letras são incentivantes, compostas pela dupla Gilmour-Waters e o título da música é uma gíria futebolística para algo “muito bom”. Ao final, ocorre um cross-fade entre o instrumental que fecha a música e a torcida do Liverpool F.C. (embora Waters seja um torcedor fanático do Arsenal) cantando a música You’ll Never Walk Alone, de Rodgers and Hammerstein. You’ll Never Walk Alone era o hino do clube desde 1963.

A alegre San Tropez dá continuidade ao disco após os gritos da torcida do Liverpool, com seu ritmo puxando ao jazz e ao blues. Ao contrário das outras faixas do disco, essa faixa foi escrita inteira por Waters, e sua letra descreve a comunidade de Saint-Tropez, na França. Com destaques para o piano, a música possui um pequeno solo de slide guitar de Gilmour, e tem uma atmosfera extremamente feliz e agradável, refletindo a visão que Waters tinha de Saint-Tropez como um lugar amável. A música acaba com o brilhante solo de piano de Richard Wright.

Após o solo de Wright sofrer um fade-out, tem início a faixa mais controversa do álbum. Com altíssimas dosagens de blues, a acústica Seamus fecha o lado A do vinil com os latidos do cão chamado Seamus. Alguns fãs não gostam dela, outros a adoram. A letra de apenas uma estrofe não fala de nada especificamente, apenas de um homem e um cachorro. É a faixa mais curta do álbum (pouco mais de 2 minutos) e tem até um pequeno solo de piano de Wright.

Após Seamus, a obra prima do álbum. Abrindo e fechando o lado B do disco (e sendo, consequentemente, sua única faixa), Echoes é a uma das mais longas faixas do Pink Floyd. A música surgiu de 24 fragmentos compostos pela banda e, quando esses fragmentos foram postos juntos pela primeira vez, surgiu Nothing (Parts 1-24), a primeira versão conhecida de Echoes. Após a banda ter retrabalhado a Nothing (Parts 1-24) algumas vezes, a música mudou de nome para The Son Of Nothing e finalmente para The Return Of The Son Of Nothing, sendo esta apresentada para a platéia durante os shows no começo de 1971 como um material então inédito. A principal diferença entre The Return Of The Son Of Nothing e a Echoes que conhecemos está nas letras: a versão anterior falava do encontro de dois corpos celestes, enquanto a versão lançada remete à imaginação e à descrição de paisagens debaixo d’água. A música começa com “pingos” produzidos pelo órgão Farfisa de Richard Wright, e lentamente se desenvolve em uma canção calma e levemente triste, com brilhantes solos de Gilmour e Wright. Após algum tempo de música puramente instrumental, Gilmour e Wright fazem um dueto para cantar as letras de Waters. O refrão entra com um riff cromático memorável de Wright (riff que foi plagiado anos depois por Andrew Lloyd Webber para fazer a música tema do musical O Fantasma Da Ópera. Embora Waters não ter processado Webber, ele revelou em entrevistas que possuía um grande ódio de Webber por isso e, na música It’s A Miracle de sua carreira solo, chegou a xingá-lo). A música se transforma então em uma jam e, após algum tempo, entra em cross-fade para dar lugar à parte sombria da música, criada por Waters e Gilmour. Após a parta sombria, a música começa a criar uma atmosfera gradativa e então explode num belíssimo riff de Gilmour (o clímax da música e, provavelmente, do álbum todo) antes da música voltar ao que era antes, e lindamente acabar após 23 minutos, fechando o álbum.

Meddle é considerado o divisor de águas da carreira da banda porque sua primeira metade possui o estilo mais puxado ao blues e recorrente ao que a banda fez depois da saída de Barrett, enquanto Echoes caracteriza o progressivo que começaria a ser produzido em Dark Side Of The Moon (1973).

Nenhuma música do disco fez muito sucesso nas rádios da época, e seu único single foi One of These Days (lado B: Fearless nos Estados Unidos e na Itália, Seamus no Japão). Mesmo assim, o disco ficou em 3º nas paradas do Reino Unido na época e em 1994 foi certificado como dupla platina pela RIAA. One of These Days e Echoes são as músicas favoritas dos fãs do álbum, e Echoes foi o nome de uma coletânea dupla lançada em 2001 pela banda (a versão da coletânea de Echoes possui apenas 16 minutos, o quê desagradou muitos fãs).

Pink Floyd – Meddle (1971)
Gênero: Rock Progressivo / Blues / Folk Rock

01 – One of These Days – 5:57
02 – A Pillow of Winds – 5:07
03 – Fearless – 6:05
04 – San Tropez – 3:40
05 – Seamus – 2:13
06 – Echoes – 23:31

Destaques: One of These Days, Fearless, Echoes

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Review e Upload por Gabriel Cicco
Post por LA

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Alice In Chains – Jar of Flies

Jar of Flies é um EP da banda grunge Alice in Chains, lançado em Janeiro de 1994, gravado durante uma semana, é o primeiro lançamento oficial da banda com o novo baixista Mike Inez. Jar of Flies foi o primeiro EP a chegar a primeira posição na parada de álbuns da Billboard, e foi o único EP a ganhar esta distinção até o lançamento da colaboração entre Jay-Z e Linkin Park, Collision Course, em 2004.

Possui o maior hit do Alice In Chains e dois dos maiores hits da banda, a canção “No Excuses” é a única canção do Alice in Chains a alcançar a primeira posição. “I Stay Away” também chegou a posições altas sendo tão popular quando tantas outras canções do Alice in Chains e “Don’t Follow” se tornou um hit modesto no começo de 1995.

Esse EP mostra todo o potencial de Cantrell em suas composições, não só se destaca as suas guitarras, mas o novo baixo de Inez deu um sútil toque de renovação. Staley continua cantando feito um “monstro” e as batidas de Kinney continuam incríveis! Esse EP trouxe algo a mais com baladinhas e partes acústicas, como dito a cima, destaque pra No Excuses, pra mim a 2º melhor do EP e que tem a bateria mais trabalhada do EP inteiro! Em 1º fica a Rotten Apple, com uma introdução monstruosa com variações da guitarra de Cantrell e destaque para o riff do baixo que é a coluna vertebral dessa música, feito por Inez. As músicas desse EP tratam com os temas: uso de drogas, relacionamentos e amor.

É um ótimo EP, recomendo para todos os grunges de plantão!

Faixas
1.”Rotten Apple” (Cantrell, Staley, Inez) – 6:58
2.”Nutshell” (Cantrell, Staley, Inez, Kinney) – 4:19
3.”I Stay Away” (Cantrell, Staley, Inez) – 4:14
4.”No Excuses” (Cantrell) – 4:15
5.”Whale & Wasp” (Cantrell) – 2:37
6.”Don’t Follow” (Cantrell) – 4:22
7.”Swing on This” (Cantrell, Staley, Inez, Kinney) – 4:04

Destaques
Rotten Apple, I Stay Away, No Excuses e Don’t Follow

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Review e Post por Paulo Lovo (a.k.a Paulo Tr00)
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